Verdadeiramente, a cidade de Corumbá está, literalmente falando, entregue ao abandono geral. Enquanto outras cidades do estado de Mato Grosso do Sul (até mesmo, de menores portes que a Cidade Branca), apresentam índices de desenvolvimento social e econômico elevados e também grau de satisfação da população bem aceito, Corumbá, como já fora ditonesta coluna, por diversas vezes, há vários anos vem agonizando e vivendo dias caóticos.
Definitivamente, os mandatários municipais da Capital do Pantanal perderam a noção de suas funções para os cargos que ocupam, pois não bastasse a má qualidade dos serviços públicos, o descaso com prédios, ruas e praças, nesse segundo semestre do ano que se finda, todos os eventos direcionados a diminuir a agonia da população em geral, ou não
foram realizados ou, os se efetivaram, deixaram muito a desejar.
O Festival América do Sul, apesar de ser de responsabilidade do governo estadual, faltou diálogo político por parte das autoridades do município para exigir a realização do mesmo.
Os jogos de aventura Pantanal Extremo, 100% de responsabilidade do município, teve sua lacuna em 2024.
O Natal Encantado, evento que atraiu milhares de pessoas nos últimos anos, sequer foi ventilado ser realizado nesse exercício. O Jardim do Papai Noel foi, tristemente, substituído por um mínimo ambiente decorado para tal, funcionando por poucos dias e com visitação pública abreviada em relação ao horário de abertura e fechamento.
No crepúsculo de 2024, para a surpresa de todos, a prefeitura municipal de Corumbá, conseguiu calar os atabaques que animavam as homenagens à Iemanjá na prainha do rio Paraguai, no Porto Geral.
O local, esse ano, não recebeu uma melhoria no que tange a infraestrutura para o evento que atraí milhares de pessoas, inclusive turistas. Não implantaram iluminação na prainha, nada foi feito no solo onde se concentra o público e nem mesmo a imagem escultural de Iemanjá foi disposta para ornamentação do evento.
Resta aos adeptos da umbanda e do candomblé, prestarem suas homenagens, entoarem seus cânticos e despacharem suas oferendas, na escuridão e em meios aos buracos da prainha, sem contabilizar se haverá fiscalização do trânsito e segurança para o público que ao contrário das autoridades municipais atuais, com certeza, não abandonará a tradicional louvação religiosa.
De camarote afirmamos: o jogo foi entregue vexatóriamente, cabendo a plateia esquecer para sempre essa contenda, e vislumbrar dias melhores.
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