Neste domingo, 8, quando comemora-se o Dia das Mães, vale lembrar também das grandes mãezonas do reino animal, que dedicam muito tempo e realizam grandes esforços para cuidar de seus filhotes, protegê-los e ensiná-los a sobreviver. Embora não seja possível criar um ranking das melhores mães da natureza, existem muitos exemplos de como o instinto materno é fundamental para a preservação da vida entre as diferentes espécies na natureza.
Entre as mães mais dedicadas pode-se destacar a orangotango-de-bornéu (Pongo pygmaeus), que cuida de seus filhotes por cerca de oito anos, sendo a espécie da linhagem primata, com exceção da humana, que mais tempo fica com sua prole.
Outras espécies dedicam bastante tempo aos filhotes, como o elefante-da-savana (Loxodonta africana), maior animal terrestre, com gestação que pode durar até 22 meses. Nesse caso, o filhote pode se alimentar de leite materno por até cinco anos. É um animal em risco de extinção, alvo da caça ilegal.
A baleia-piloto-de-aleta-curta (Globicephala macrorhynchus) é outro exemplo: as mães amamentam seus filhotes por cerca de três anos e podem continuar produzindo leite materno por até 15 anos após o parto. Nessa espécie de hábitos sociáveis, que vive em grandes grupos, mãe e filhote costumam manter laços até a morte.
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Cecília Kierulff é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), criada pela Fundação Grupo Boticário, presidente do Instituto Pri-Matas, vencedora do prêmio Sabin Primate Conservation em 2016 e pesquisadora de temas relacionados à conservação de primatas (mico-leão-dourado, macaco-prego-do-peitoamarelo e mico-leão-de-cara-dourada.