Depois de ter estreado internacionalmente em Bruxelas, no final de setembro, no Musée des Sciences Naturelles – Institut Royal e Fundo Leopoldo III e a convite da princesa Esmeralda, o documentário “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, que tem direção de Jorge Bodanzky e João Farkas como codiretor, ganha exibições especiais no Brasil. Com apoio do Ministério da Cidadania, Secretaria Especial de Cultura, Acaia Pantanal e Instituto Homem Pantaneiro, a primeira apresentação acontece em 18 de novembro, às 19h, em Corumbá (MS), na mesma cidade onde atualmente reside o personagem que dá nome ao filme. O município, por sinal, é uma das portas de entrada para esta que é a mais vasta planície alagada do planeta, cujos moradores poderão assistir, em primeira mão, as cenas registradas na região em que vivem e trabalham.
Segundo a produtora e também organizadora do Documenta Pantanal, Mônica Guimarães, a força e a criatividade do personagem que dá título à obra para lutar contra as muitas intempéries causadas pelo assoreamento do Rio Taquari são o pilar de sustentação do documentário. Ela ainda afirma que, “mais do que alguém real, ele é um homem que, junto de sua família, nunca desiste. Movido por sua intensa paixão pelo Pantanal e sabedor de sua fragilidade, Ruivaldo luta para salvar a terra onde nasceu e criou seus filhos”, diz Mônica, afirmando que Bodanzky e Farkas foram muito felizes ao registrar e contar essa história.
Para Bodanzky, que já conhecia a região desde os anos 60, a estreia de “Ruivaldo” ocorre em um momento muito oportuno. “Hoje, a temática ambiental está inserida na pauta das discussões tanto no nível nacional quanto no internacional”, diz, complementando que o filme registra, “de maneira muito serena e profunda, o que está acontecendo na região e as possíveis soluções para esse ecossistema tão importante como o Pantanal”.
Produzido entre março de 2018 e agosto de 2019, o documentário tem duração de 46 minutos e foi filmado em várias regiões do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Nesses 17 meses foram realizadas seis viagens para pesquisas, entrevistas e tomadas aéreas com drone. No total, 44 profissionais estiveram envolvidos diretamente na produção, que utilizou aviões de pequeno porte, embarcações, carros e barco voadeira como meio de locomoção pelo extenso bioma.
“Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” integra uma série de ações da inciativa “Documenta Pantanal”, que irá promover, nos próximos meses, uma série de lançamentos. São trabalhos que registram esse ecossistema por meio de fotos, livros e filmes que trazem a assinatura de renomados profissionais, como Luciano Candisani, Araquém Alcântara e chef Paulo Machado, além do próprio João Farkas, que é um dos organizadores do projeto.
Após a exibição em Corumbá o filme ganhará sessão especial na capital paulista em 25 de novembro.
(serviço)
“Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”
Onde: Casa Vasques & Filhos
Endereço: Ladeira José Bonifácio , 171-157 – Porto Geral, Corumbá
Quando: 18 de novembro
Hora: 19h
FICHA TÉCNICA
Direção, fotografia e roteiro: Jorge Bodanzky
Codireção e fotos: João Farkas
Produção: Mônica Guimarães
Roteiro e edição: Bruna Callegari
Música original: Marcelo Pellegrini
Som direto: David Pennington
Operador de drone: Silas Ismael
Consultoria: Sandro Menezes Silva
Patrocínios: Lei de Incentivo à Cultura, Rodobens, Ultra e Klabin
Realização: Mog Produtora, Secretaria Especial da Cultura e Ministério da Cidadania
Sobre o Documenta Pantanal
Registrar para documentar e preservar. Este é o mote da iniciativa ‘Documenta Pantanal’, que prevê o desenvolvimento de ações multimídias (exposições, livros e vídeos) que, mais do que celebrarem a beleza e a biodiversidade desse ecossistema, pretendem chamar a atenção da sociedade para a urgência em conhecer e preservar este patrimônio, cujo desconhecimento de sua verdadeira realidade impede um aproveitamento econômico maior do turismo, inclusive um turismo internacional de qualidade. Com a participação de instituições que atuam na região pantaneira, a iniciativa reúne pesquisadores, empresários e a própria comunidade para, em conjunto, mobilizar a sociedade para as questões primordiais desse bioma.